terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Pai João.

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PAI JOÃO

“A filha de pai João tinha um peito de
Turina para os filhos de Ioiô mamar:
Quando o peito secou a filha de Pai João
Também secou amarrada num
Ferro de engomar.
A pele de Pai João ficou na
Ponta dos chicotes.
A força de Pai João ficou no cabo
Da enxada e da foice.
A mulher de pai João o branco
A roubou para fazer mucamas.”

Jorge de Lima.

http://www.litbr.com/jorgedelima.jpg

Jorge Mateus de Lima nasceu em 1895 em União dos Palmares, Alagoas. Estréia na literatura em 1914, ainda fortemente influenciado pelo parnasianismo, com XIV alexandrinos, o que lhe valeu mais tarde o título de Príncipe dos Poetas Alagoanos.

Em 1926, já formado em medicina, ingressa na vida política, elegendo-se deputado estadual pelo Partido Republicano; em 1930, por motivos políticos é obrigado a abandonar Alagoas, indo viver no Rio de Janeiro. Em 1946, com a redemocratização do país, é eleito vereador do Rio de Janeiro pela UDN. Falece em 1953, no Rio de Janeiro.

A exemplo de Murilo Mendes, Jorge de Lima também trilhou caminhos curiosos na literatura brasileira: de poeta parnasiano em XIV alexandrinos, chaga a uma poesia social paralela a uma poesia religiosa.

A poesia social apresente belas composições quando Jorge de Lima assume a coloração regional, usando a memória de um menino branco marcado por uma infância repleta de imagens dos engenhos e de negros trabalhando em regime de escravidão.

Fonte: “Língua, Literatura & Redação” – 2ª edição. – Editora Scipione – 1995.

10 comentários:

Everson Russo disse...

Um belo dia pra ti amigo,,,forte abraço.

chica disse...

Muito lindo esse Pai João! abraços,lindo dia,chica

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Boa tarde, amigo.
Como foi de carnaval? Passeou ou pulou ?
Como se não bastasse estar bloqueada para adicionar vocês de volta, agora sumiu aquele link onde as pessoas pegavam para colocar na página. Se você a vir por estes blogs, me avisa para que possa recuperar.
beijo

Wanderley Elian Lima disse...

Olá Rosemildo
Esse era o destino dos negros da época, servir sem restrições.
Grande abraço

Anônimo disse...

Que lindo e triste poema do Pai João!Gostei muito da homenagem!Abraços,

Sonia Schmorantz disse...

Histórias das quais não gostamos de lembrar, o homem não foi feito para ser escravo. Mas é muito bonita a tua lembrança, a tua postagem.
abraços

Unknown disse...

Olá meu amigo!!!
Saudade são bens de riqueza,
lotadinho de conquistas,
onde guardamos no cofre do coração,
pessoas queridas....

Voltei!!

Interessante poema,
algo que a gente costuma dizer diante de algo que foi interrompido:
Pronto, agora a casa vai a baixo...
é uma cadeia sucessiva...

Como passou o Carná?
eu não passei, ele passou por mim...
ah, obrigado pelas palavras de apoio e incentivo que deixaste lá em casa...

Linda semana
Livinha

AFRICA EM POESIA disse...

Furtado
Meu amiguinho
Para ti...




BEIJOS


Beijos são sempre beijos
De tarde, à noite...
Ou mesmo de manhã...
Deixam ternura...
Matam saudades...
E conservam a vida...

LILI LARANJO

Sandra disse...

Vim lhe convidar para viajar comigo...Vamos viajar..
Está na hora do voo..
Local da saida: Curiosa
Endereço: Através do link.(AQUI)
Destino:Concurso de Poesia-Portugal.
Não se atrase...
Ficarei muito feliz com a sua companhia...Faremos uma linda Viagem..
Carinhosamente
Sandra

Alvaro Oliveira disse...

Olá amigo Rosemildo

Venho agradecer reconhecidamente sua visita e comentário em meu blog, apresentando minhas desculpas por só hoje o visitar,
porque dificuldades na vista me
condicionam e permanência no PC.

Quanto ao seu post, adorei este poema Pai João. O grito contra a escravatura. Ou melhor, denunciando
os escravisadores.

Um Abraço

Alvaro