sexta-feira, 25 de abril de 2014

Dissabor.

 
DISSABOR

Culpado sou também – confesso agora –
do imenso dissabor que me castiga,
desta saudade que em meu peito chora,
depois mudada em sons de uma cantiga.

Cego supunha amar-te à moda antiga,
de dentro vinha o que eu mostrava fora.
Em minha solidão a dor me obriga
a revelar-te o mal que me apavora.

De nossa ligação, jamais eu via
os laços frouxos do começo ao fim,
dissimulados pela fantasia.

O rompimento nos provou assim
os exageros da paixão tardia
que felizmente se afastou de mim.

Eugênio de Freitas

Eugênio de Freitas (Eugênio Martins de Freitas) nasceu no Brejo, MA, a 15/05/21. Advogado, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial, aposentado como Diretor-Geral do TER, MA. Um dos fundadores do Instituto dos Advogados do Maranhão e da Academia Maranhense de Letras Jurídicas. Ex-Vice Presidente da OAB do Brasil (Secção do Maranhão). “Membre d'honneur” da “S.P.E.R. Societé des Poètes et Écrivains Régionalistes”, de Nimes, França, e de várias entidades culturais do Brasil. Prêmios: Doutor em Leis, honoris causa, pela “Samuel Benjamin Thomas University” , de Londres, Inglaterra; Atestado de Reconhecimento Artístico e Cultural, conferido pela... Leia mais aqui: 

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4 comentários:

chica disse...

Confissão de culpa e amor que se foi...Lindo dissabor em poesia! abraços,chica e lindo fds!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo

Mais uma bela escolha de um poema lindo e um poeta que não conhecia e adorei ler.

Um beijinho com carinho e bom fim de semana
Sonhadora

AdolfO ReltiH disse...

EXCELENTE POEMA!!!! GRACIAS POR COMPARTIRLO.
UN ABRAZO

http://enancasdelarazon.blogspot.com/

Daniel Costa disse...

Rosemildo

Trazes sempre excelente poesia, como é o soneto de Eugénio de Freitas. Estou muito de acordo com os comentários que vi.
Deixo os parabéns, apurada sensibilidade na seleção.
Abraços